sexta-feira, setembro 14, 2018

Voltei. Voltei?

Quase três anos sem uma única publicação.
Preguiça, outras prioridades, Facebook....
Sim, Facebook. De alguma forma ficou mais fácil aproveitar as inúmeras visitas diárias para lá fazer publicações.
Originais? Nah!... partilhadas de outras pessoas e fontes, como quem baralha e torna a dar um baralho de imagens, videos, músicas, frases, pensamentos e "charges", uma salada russa de coisas que me pareceram interessantes de partilhar. Afinal, "nada se cria, tudo se copia".
Mesmo assim, ainda consegui publicar algumas coisas minhas, no meio de tantas partilhas.
E este blog cá ficou. Adormecido, como repositório de memórias de outros tempos.
Tempos esses que mudam! O "Face", estrela do firmamento das redes sociais, está cada vez mais decadente. As minhas visitas são cada vez mais raras, e cada uma me retira um pouco da vontade de lá regressar.
Ofuscado pelos Instagram's da vida, o Facebook é um excelente exemplo de como o ótimo pode matar rapidamente o bom. Tantas "melhorias" nos últimos tempos conseguiram finalmente transformar o cachorrinho alegre e saltitante num vira-lata obeso e pulguento...
Por isso, e antes que o FaceBook siga os passos do Orkut, resolvi recuperar alguns dos meus escritos e colocá-los aqui. Aqui, de onde nunca deveriam ter saído.
Começarei re-publicando algumas coisas que ainda estão no face, mesclando com coisas recentes e originais, se a tanto me ajudar a minha leda musa...

Sapato Não....

A Van parou na saída de Trancoso. 
Sou arrancado das minhas divagações, curioso da razão da paragem. Afinal apenas um casal de idosos que chegara ao seu destino. 
Enquanto espero, olho pela janela. 
Repentinamente a minha atenção centra-se num jovem imberbe sentado num tronco de árvore à beira da estrada. De uniforme escolar e perna traçada, luta com o cardaço de um dos seus ténis azuis imaculados, combinando com o uniforme impecavelmente limpo. 
Simultaneamente, a mão livre tenta extrair algo da sua mochila lotada, também azul.
Após longos segundos, eis que o cobiçado prêmio sai da mochila. Um par de havaianas, surradas e com ar de já terem percorrido muitas milhas.
Rapidamente o jovem enfiou os pés nelas, com um ar de infinito alívio.
Não pude deixar de pensar numa cena da novela "Gabriela Cravo e Canela" do saudoso Jorge Amado, onde a protagonista dizia:
- "Sapato, não, seu Nacib!"...

domingo, maio 10, 2015

Dia da Mãe

Hoje é Dia da Mãe no Brasil.
A data é celebrada aqui no segundo Domingo de Maio.
Noutros países, como Portugal, Angola, Cabo Verde e Moçambique, celebra-se no primeiro Domingo deste mês.
O mais importante mesmo é que Mãe não tem dia.
Sempre estão nas nossas vidas para nos proteger, mimar, secar nossas lágrimas, 24 horas por dia, 365 dias por ano.
E quando um dia deixam de estar, aí é que damos valor.
Por isso não esperem o Dia das Mães para amar as vossas.
Toda a mãe gosta de receber um presente. Um abraço, um beijo, um carinho, um telefonema a saber como está, têm um preço infinitamente pequeno comparado com o que valem.
E pode ser todos os dias. Elas não vão enjoar...

Feliz dia, todas as mães do mundo!
Feliz dia, Mãe! Amo-te muito!!! Sempre.

domingo, maio 23, 2010

Eça de Queiroz sempre actual

Em 1872, n'As Farpas, Eça de Queiroz escrevia:

"Nós estamos num estado comparável somente à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada económica, mesmo abaixamento de caracteres, mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá ...vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se a par , a Grécia e Portugal".

É impressionante a actualidade deste artigo. Aliás, os escritos do Eça deixam-me sempre a ideia de que poderia ser um comentador político actual, mas de qualidade superior aos que infelizmente estamos habituados.
Afinal, a conclusão só pode ser uma:
Os nossos políticos já estão mortos há mais dum século sem que ninguém os tenha avisado...

quarta-feira, março 03, 2010

As Famílias Verdadeiras

Este texto é do Jornal Público, secção P2. Sexta-feira 26 de Fevereiro de 2010. Não sou grande leitor de jornais, mas ainda bem que há gente atenta que nos alertas para estes marcos importantes da opinião.

É um comentário à manifestação contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Só tenho pena de uma coisa: Não ter sido eu a escrever isto.

Os meus parabéns à autora do texto. Para ler, e pensar.

«Há algo de fascista em ir para a rua lutar não pelos nossos direitos, mas contra os direitos dos outros.

E definitivamente houve algo de fascista na manifestação lisboeta pela “família verdadeira”. PNR? Acção Nacional? Bandeiras negras? Acusar homossexuais da “destruição sistemática da sociedade”? Não soa a nada?

Esqueceram-se como Hitler tratou do assunto? E não será isto anticonstitucional? ´

Mas não sei o que é pior, se a organização ter acolhido um punhado de neonazis, se aqueles milhares de pais extremosos com filhos às cavalitas, certamente convencidos de que não estavam a fazer mal a ninguém, deus os livre.

Pois estavam, pois estão. Como lembra aquele poema da Sophia sobre as pessoas sensíveis que não matam galinhas mas comem galinhas.

Impedir que os outros tenham direito ao que nós temos é fazer o bem?

Nem toda a gente crê na vida eterna. Muita gente corre contra a morte sabendo que vai perder. Por isso é que Larry David defende no último filme de Woody Allen whatever Works. Tudo o que nos der um pouco de alívio, de confiança, de alegria. E se esse tudo inclui o casamento, que seja para todos.

Pergunto eu então às tão autoproclamadas famílias verdadeiras: quem vos dá o direito de dizer à sociedade que ela seja o que já não é?

Quem vos dá o direito de dizer à mãe de um homossexual que a família dela não é verdadeira? Deram-se ao trabalho de pensar no que mães, pais, filhos ou avós de homossexuais sentem ao ler os vossos cartazes?

Não vêem a arrogância disto? A violência?

Será fazer o bem achar que vocês são os verdadeiros e os outros são falsos? A família verdadeira é aquela que se mantém à custa de mentira, traição neurose? Não será, antes e finalmente, amor, clareza, coragem? Não serão famílias verdadeiras todas aquelas que querem, e conseguem, estar juntas?

A melhor herança do Novo Testamento é amor, amor e amor. Então dediquem-se a fazer o amor, espalhem todos esses sentimentos cristãos e deixem viver os que querem viver. Olhem para os vossos filhos, para os vossos pais, para as crianças abandonadas, para quem tem fome, frio, medo e está doente. Dêem-lhes todo esse tempo investido na promoção da suposta família verdadeira. E parem de atrapalhar o trânsito com assuntos que não são da vossa conta.

Eu não quero decidir em referendo o que dois adultos legalmente responsáveis fazem um com o outro porque não é da minha conta. E tenho as minhas ideias sobre o que os arruaceiros, gente que humilha, insulta e exclui sob protecção policial, e se propõe consumir dinheiros públicos a decidir ávida dos outros.

Sim, creiam, os homossexuais vão casar e ter filhos, é o futuro.

Ninguém discriminado por raça, religião ou orientação sexual, lembram-se? Talvez os vossos filhos vos possam ensinar.»

Alexandra Lucas Coelho

Jornal Público, secção P2. Sexta-feira 26 de Fevereiro de 2010

domingo, dezembro 06, 2009

Rápido

Quase um ano sem nada de novo por aqui....
Devia ter vergonha, e tenho.
Falta de tempo, falta de inspiração, não sei.
Tanta coisa que aconteceu...
Grandes alterações, novos rumos, novos peões no jogo da vida.

E um ano que se encerra, marcando uma nova etapa na linha do destino.
Poderia escrever muito mais, mas vai ficar para uma nova oportunidade.
Por agora ficamos assim, à laia de "teaser".
Uma só certeza:
Voltarei!

terça-feira, março 10, 2009

Travessia

A vida é um mar, e nós não passamos duma pequena canoa numa travessia inexorável rumo ao horizonte.
Raramente esta travessia é solitária. Cruzamo-nos com outras canoas que singram em direcções distintas. Algumas seguem a nossa rota, por vezes muito antes de termos iniciado a nossa viagem, acompanhando-nos, indicando-nos o melhor rumo, alertando-nos das tempestades que se aproximam, fazendo com que a nossa viajem seja menos solitária. Partilham connosco alegrias e tristezas, vitórias e derrotas, numa rota comum.
Umas, continuarão para lá do nosso horizonte.
Outras, deixam-nos a meio da nossa viagem, atingindo os seus destinos antecipados.
São essas que doem. Deixam um vazio do tamanho do mundo que parece nos querer engolir.
Como no Mar, a água da Vida não pára. O destino da nossa canoa está traçado, e o nosso objectivo definido. A saudade transforma-se lenta e dolorosamente em lembrança, e é ela um dos motores da nossa travessia. Resta-nos apontar a proa ao futuro, e seguir de cara ao vento, preparados para todas as marés que ainda teremos de enfrentar.

domingo, abril 20, 2008

Cozer Marisco 2

Estamos sempre a aprender.
Há algumas Luas, publiquei aqui uma tabela de tempos de cozedura de marisco. Está em Cozer Marisco, lá mais para baixo. Eis que, um dos nossos leitores atentos, e especialista no assunto, me enviou um reparo que não posso deixar de sublinhar. Aqui ficam os reparos, que estão também no comentário do Ari Cruz:
  • a Sapateira e Santola Media (700/1000 Grs) têm o mesmo tempo de cozedura (15 min)
  • a Navalheira são 5 min de cozedura
  • o Percebe ou Perceve é só levantar fervura!
O resto, está na tabela.
Quanto ao Ari, de quem a contribuição é bem-vinda, não deixarei de lhe fazer uma visita da próxima vez que for para os lados de Portimão.

sábado, março 15, 2008

Loja de Sonhos

Aguardo.
Oiço o bruaá da rua, retorcido pelos frios corredores até passar a porta como um marejar indefinido, donde saltam palavras vagamente reconhecíveis, desconexas.
Aguardo, e observo. Do meu esconderijo, entre dezenas de artigos vistosos que pendem como estalactites, vejo quem passa em frente à montra.
Namorados de mão dada, crianças em longas correrias, mães e pais de família em passeios rotinados de fim de tarde, circulam com ar de quem o faz como alternativa obrigatória a passar uma tarde no sofá em frente à televisão, com a indiferença da paixão há muito adiada sentada entre eles.
Jovens e menos jovens, sós, aos pares ou em grupos, homens e mulheres, crianças. Gente alegre, gente triste, gente simplesmente.
Anjos, Demónios, sentimentos, tudo desfila em frente à minha loja.
Casais que passam, eles determinados e de passo firme, elas ficando para trás e espiando pelo canto do olho, para logo de seguida em passos rápidos de dança, ladear o marido.
Alguns, param. Miram a montra vistosa, arrumada. Os seus rostos reflectem curiosidade. Trocam olhares cúmplices. Intrigados sobre a utilidade dos artigos expostos, deixam sorrisos de Mona Lisa bailar-lhes nas faces. Eventualmente, entram.
Invadidos pelas cores e aromas exóticos, parecem crianças deslumbradas.
Outros, decididos, franqueiam a porta com a certeza de quem tem a receita de todos os males para aviar.
Trazem histórias de vida sofridas, que trocam por atenção e esperança. Partilham experiências e buscam conselho. Desvendam os segredos mais recônditos. Saem com a leveza de quem se acabou de confessar.
Fico com uma certeza.
Nunca as grandes superfícies irão substituir a lojinha tradicional.

quinta-feira, novembro 15, 2007

Shakesbeer

Imaginem uma cervejaria tipo Trindade ou Portugalia, mas com um chef a sério.
Pois bem, existe! Chama-se Shakesbeer e está no Porto, no Campo
Alegre.
Um local bem aprazível, com uma belissima esplanada para quando o tempo o permite, e um estacionamento público a 50 metros.

Os pratos são deliciosos e a apresentação irrepreensível, a tocar o
artístico. Mas não temam. Estamos no Norte e como não podia deixar de ser, a quantidade nada tem que ver com as doses homeopáticas da haute cuisine.
Da ementa constam acepipes como o
carpaccio de salmão, a minha entrada de eleição, vitela em vinha de alhos ou bacalhau com broa.
Para vos dar idéia dos trabalhos em que podemos enveredar, apenas quatro palavrinhas:
Francesinha de Porco Preto.

As sobremesas elevam ainda mais o nível. A mousse de chocolate elaborada com três tipos deste produto, um dos quais branco, é um exemplo. Cuidado para não se babarem no teclado...

O serviço é simpático, e os preços embora médios, não te fazem sentir enganado.



Carpaccio de SalmãoMousse de Chocolate
Kahlix

quarta-feira, novembro 14, 2007

Feeling Blue

Sinto-me feliz de tristeza. Ou será triste de felicidade?
Eis que janto só, mais uma
vez. Sinto falta da minha amada, que gostaria que estivesse aqui comigo. O jantar está a ser preparado, mas as entradas e duas cervejas já lá vão...
Será por
isso que me sinto assim? Será isso a causa de estar furiosamente a escrever isto no telemóvel como se não houvesse amanhã (papel e lápis são coisas démodé), enquanto os filetes de polvo convidam o arroz e a salada a virem à minha mesa?
Ataco-os sem piedade assim que chegam.
Mas o bichinho leva-me a
interromper o massacre, de duas em duas garfadas, para escrever mais umas linhas... E eles vingam-se arrefecendo furiosamente!
Insisto. Pelo menos enquanto saboreio uns e escrevo outras, não penso na solidão.

Termino com uma pratada de tiramisú. Será que estou carente?

terça-feira, outubro 16, 2007

Hoje apetece-me... Bocage!

Quem não ouviu falar já de Bocage?

Manuel Maria de Barbosa l´Hedois Du Bocage, nascido em Setúbal (1765-1805) e sobejamente conhecido, mais pelas anedotas e dichotes do que pela poesia “séria”, é também autor dum vasto número de
poemas eróticos bastante ousados.

Aqui fica uma dessas pérolas, com ”bolinha” no canto superior direito do monitor:

A ÁGUA

Meus senhores eu sou a água
Que lava a cara, que lava os olhos
Que lava a rata e os entrefolhos
Que lava a nabiça e os agriões
Que lava a piça e os colhões
Que lava as damas e o que está vago
Pois lava as mamas e por onde cago.

Meus senhores aqui está a água
Que rega a salsa e o rabanete
Que lava a língua a quem faz minete
Que lava o chibo mesmo da rasca
Tira o cheiro a bacalhau da lasca
Que bebe o homem que bebe o cão
Que lava a cona e o berbigão

Meus senhores aqui está a água
Que lava os olhos e os grelinhos
Que lava a cona e os paninhos
Que lava o sangue das grandes lutas
Que lava sérias e lava putas
Apaga o lume e o borralho
E que lava as guelras ao caralho

Meus senhores aqui está a água
Que rega as rosas e os manjericos
Que lava o bidé, lava penicos
Tira mau cheiro das algibeiras
Dá de beber às fressureiras
Lava a tromba a qualquer fantoche e
Lava a boca depois de um broche.

Maria Moranga

Já vos posso ouvir a perguntar o que é...
Nem mais nem menos que um restaurante, muito simpático, ali para os lados da Igreja de Jesus em Lisboa, entre o Príncipe Real e S. Bento.
Apesar de ser dum amigo de infância, sabem que não vos recomendaria se não valesse a pena. E vale!
É não só agradável ao almoço, mas também um local óptimo para jantar com alguém especial.
Os pratos, deliciosos, como o Arroz de Pato no Forno, O Caril de Camarão e a Cachupa, intercalados entre a Farinheira com Ovos Mexidos e as Mousses de Manga ou Chocolate, e a excelente selecção de vinhos, alguns servidos a copo para quem não arranja companhia no momento de degustar o néctar dos Deuses, e acima de tudo, a simpatia e honestidade do serviço, deixam marca.
Para diferenciar, o conceito de ser "Chef Por Um Dia", que vos convido a ver no Blog do Maria Moranga, onde para além disso podem consultar a ementa do dia.
Quanto ao preço, nada que obrigue a agarrar num jornal e ir estacionar uns carros enquanto a cara metade toma o café...
Ah! Já me esquecia. Há um parque público subterrâneo bem pertinho, para deixarem os pópós em segurança.

Um Must!

Kahlix

quinta-feira, outubro 11, 2007

Pensamentos IX

O homem é o único animal que consegue estabelecer uma relação amigável com as vítimas que pretende comer.

Alfred E. Newman

Lembram-se daquele garoto maluco e meio débil mental da revista MAD,
o Alfred E. Newman???
Nunca se perguntaram o que lhe aconteceu ao fim destes anos todos?
Pois é. O tempo passou e ele cresceu ...
Cliquem na imagem e descubram onde ele está agora...




Clica-me!!!

Pensamentos VIII

O Mágico fez um gesto e desapareceu a fome.
Fez outro gesto, e desapareceu a injustiça.
Fez um terceiro, e desapareceram as guerras.

O Político fez um gesto, e desapareceu o Mágico...

domingo, agosto 12, 2007

Os Voluntários da Vidigueira

Um incêndio deflagrou num Monte Alentejano. Os bombeiros foram imediatamente chamados para extinguir as chamas, mas o fogo estava cada vez mais forte, e os bombeiros não conseguiam dominar as chamas. Com a situação a ficar fora de controlo, alguém sugeriu que se chamasse o grupo voluntário da Vidigueira. Apesar de alguma dúvida quanto às capacidades e equipamento dos voluntários, seria mais uma forma de auxilio.
Os voluntários da Vidigueira chegaram num camião velho, desgastado pelos anos e operações de combate. Passaram em grande velocidade e, sem parar, dirigiram-se resolutamente, em linha recta, para o centro do incêndio! Foram mesmo até ao meio das chamas e pararam. Estupefacta, a população assistiu a tudo. Os voluntários saltaram todos para fora do camião e começaram a pulverizar freneticamente em todos os sentidos. Como estavam mesmo no meio do fogo, as chamas dividiram-se em duas áreas fácilmente controláveis. Passado pouco tempo, o fogo estava dominado !!!
O dono do monte respirou de alívio quando viu a sua herdade ser poupada à devastação das chamas. Impressionado com o trabalho dos voluntários da Vidigueira, pôs as mãos na algibeira e passou imediatamente um cheque de 5.000 euros à corporação voluntária.
Um repórter do jornal local perguntou logo ao comandante dos bombeiros :
-"5.000 euros ! Já pensou o que vai fazer com todo esse dinheiro ?"
-"Penso que é óbvio, não é ?" - responde o comandante a sacudir a cinza do capacete - "A primeira coisa que vamos fazer é mandar arranjar os travões do nosso camião !!! ...

segunda-feira, agosto 06, 2007

Pensamentos VII

Tudo aquilo que algum idiota te diz que é urgente,
é algo que um imbecil não fez em tempo útil e querem que tu, o otário,
se desenrasque para fazer em tempo recorde!!

A Cigarra e a Formiga

No fim do Outono, com o tempo chuvoso a começar a arrefecer, estava a Formiga à lareira a fazer o inventário do que tinha recolhido durante o Verão com o seu árduo trabalho, quando bateram à porta. Foi ver.
Era a Cigarra, que tinha acabado de descer do seu vermelhíssimo Ferrari acabado de comprar, toda envolta em casacos de pele e roupas de marca.
- Estás com muito bom aspecto - disse a Formiga - e esse Ferrari, é teu?
Sim - respondeu a Cigarra - O Verão correu-me bem. Fartei-me de ganhar dinheiro a cantar e fazer espectáculos, e agora vim-me despedir de ti, pois vou dar um saltinho a Paris antes de ir para os trópicos passar o Inverno.
Queres que te traga alguma coisa de Paris? - perguntou a Cigarra.
Sim, queria que me fizesses um favor - pediu a Formiga - Gostaria que passasses por casa do Messieur de La Fontaine, e lhe dissesses que é um grande filho da puta!!!

terça-feira, julho 31, 2007

Mãe é Mãe... Sogra é Sogra...

- Como vão os seus dois filhos... A Rosa e o Francisco?

- Ah, minha querida... A minha filha Rosa casou-se muito bem. Tem um marido maravilhoso. Acredita que ele se levanta de madrugada para mudar as fraldas do meu neto, prepara o pequeno-almoço, lava a loiça e ajuda na limpeza da casa, e só depois vai para o emprego?! Benza-o Deus, aquele meu genro.

- Ah, minha amiga... Que óptimo! E o seu filho, o Francisco? Também se casou?

- Casou-se sim, querida. Mas coitadinho, teve muito azar. Casou-se muito mal... Veja lá que ele tem de se levantar de madrugada para trocar as fraldas do meu neto, preparar o pequeno-almoço, lavar a loiça e ajudar na limpeza da casa. E depois de tudo isso ainda vai trabalhar, para sustentar a preguiçosa da minha nora!!!

sábado, julho 28, 2007

Brincar aos Médicos...

- Onde é que tu estavas? - Pergunta a mãe à menininha.
- No quarto, a brincar aos médicos com o Joãozinho. Ele era o médico e eu a doente.
A mãe dá um grito e um salto da cadeira....
- Aos médicos!?!
- Médicos da Caixa, mãe... Ele nem me atendeu!

quarta-feira, julho 25, 2007

A Idade da Inocência..

Estamos sempre a aprender. E as crianças são um contributo essencial para essa aprendizagem. Aqui ficam algumas pérolas criadas pela inocência desses pequenos seres....

"Se gostavas de ter um cão, começa por pedir um cavalo." -
Luís, 13 anos

"Nunca te metas com uma miúda que já te bateu uma vez." - Pedro, 9 anos

"Se a tua mãe esteve a discutir com o teu pai, não a deixes pentear-te." - Sara, 12 anos

"Se quiseres dar banho a um gato, prepara-te para tomares um também." - João, 10 anos

"Nunca se deve confiar num cão para guardar a nossa comida." - Gonçalo, 11 anos

"Nunca entre numa corrida com os atacadores desapertados." - André, 12 anos

"Quantos mais erros faço, mais esperta fico." - Inês, 8 anos

"Há muitas coisas que a gente sabe e que as notas não dizem." - Rita, 10 anos

"Quando as coisas estão escritas em letras pequenas, é porque são importantes." - Diogo, 10 anos

"Não sei. Acho que é por causa do cheiro das pessoas. Por isso é que os perfumes e os desodorizantes são tão populares." - João, 9 anos, sobre atracção fatal

"Primeiro temos que ser atingidos por uma seta. Depois, deixa de ser uma experiência dolorosa." - Helena, 8 anos, sobre atracção fatal

"Se uma pessoa tiver sardas, ela vai-se sentir atraída por outra que também tenha sardas." - André, 6 anos

"Aos oitenta e quatro anos, porque nesta idade já não precisamos de trabalhar e podemos passar o dia inteiro a namorar com a outra pessoa." - Júlia, 8 anos, sobre a idade certa para casar

"Eu vou-me casar assim que sair do infantário." - Tomás, 5 anos, sobre a idade certa para casar

"As raparigas devem ficar solteiras. Os rapazes devem casar-se para terem alguém que lhes limpe a roupa e lhes faça a comida." - Catarina, 9 anos, sobre a necessidade de se casar

"Fico com dor de cabeça só de pensar nesse assunto. Sou muito pequena para pensar nesses problemas." - Lina, 9 anos, sobre a necessidade de se casar

"Uma das pessoas deve saber preencher um cheque. Mesmo que haja muito amor, é sempre necessário pagar as contas." - Eva, 8 anos

"Passar a maior parte do tempo a namorar em vez de irmos trabalhar." - Tomás, 7 anos, sobre como manter uma relação

"Não esquecer o nome da namorada. Isso estragava tudo!" - Ricardo, 8 anos sobre como manter uma relação

"Pôr o lixo lá fora todos os dias." - Guilherme, 5 anos, sobre como manter uma relação

"Nunca dizer a uma pessoa que se gosta dela se não for verdade." - Pedro, 9 anos, sobre como manter uma relação

"Não tem a ver com sermos bonitos ou não. Eu sou bonito e ainda não encontrei ninguém para casar comigo." - Ricardo, 7 anos, sobre a beleza física

"Diz a toda a gente o quanto gostas dela. E não te importes se os pais dela estiverem ao pé." - Manuel, 8 anos, sobre tácticas infalíveis

"Levá-la a comer batatas fritas, costuma funcionar." - Bernardo, 9 anos, sobre tácticas infalíveis

"Eu gosto de hambúrgueres e também gosto de ti." - Luís, 6 anos

"Abanamos as ancas e rezamos para que tudo corra pelo melhor." - Carla, 9 anos

"O amor é a melhor coisa que existe no mundo. Mas o futebol ainda é melhor!" - Guilherme, 8 anos, sobre o amor

"Sou a favor do amor, desde que ele não aconteça quando estão a dar desenhos animados." - Ana, 6 anos, sobre o amor

"O amor encontramos mesmo quando nós tentamos nos esconder dele. Eu fujo dele desde os 5 anos mas as raparigas conseguem sempre encontrar-me." - Nuno, 8 anos, sobre o amor

"O amor é a loucura. Mas quero experimentar um dia." - Fábio, 9 anos, sobre o amor

segunda-feira, julho 23, 2007

Dieta do Engenheiro

Dieta fantástica - a prova de que os engenheiros são objectivos e brilhantes...
Segundo as leis da termodinâmica, uma caloria é a energia necessária para aquecer 1g de água de 21,5° para 22,5°C.
Não é necessário ser nenhum génio para calcular que, se o ser humano beber um copo de água gelada (200ml ou 200g), aproximadamente a 0°C, necessita de 200 calorias para aumentar a temperatura desta água em 1°C.
Para haver o equilíbrio térmico com a temperatura corporal, são então necessárias aproximadamente 7.400 calorias para que estes 200g de água alcancem os 37° C da temperatura corporal (200 g X 37°C).
E, para manter esta temperatura, o corpo usa a única fonte de energia disponível: a gordura corporal. Ou seja, é necessário queimar gorduras para manter a temperatura corporal estável.
A termodinâmica não nos deixa mentir sobre esta dedução. Assim, se uma pessoa beber um copo grande (aproximadamente 400 ml) à temperatura de 0°C, de cerveja, ela perde aproximadamente 14.800 calorias (400g x 37°C).
Agora, não vamos esquecer de descontar as calorias da cerveja, aproximadamente 800 calorias para 400g.
Efectuandos os cálculos, tem-se que uma pessoa perde aproximadamente 14.000 calorias com a ingestão de um copo de cerveja gelado. Óbviamente, quanto mais gelada for a cerveja, maior será a perda destas calorias. Como deve estar claro a todos, isto é muito mais efectivo do que, por exemplo, andar de bicicleta ou correr. Nestas actividades são queimadas apenas 1.000 calorias por hora.

Conclusão:
Emagrecer é muito simples!
Basta beber cerveja bem gelada, em grandes quantidades e deixarmos a termodinâmica cuidar do resto.
Saúde a todos!!!

CONTRA FACTOS NÃO HÁ ARGUMENTOS!!!!!
Já prá tasca....

A Bicicleta do Padre

Dois padres da província costumavam-se cruzar de bicicleta na estrada, quando iam no domingo rezar a missa nas suas respectivas paróquias. Um dia um deles segue a pé. O outro pára e pergunta:
- Que é que aconteceu à sua bicicleta?
- Foi roubada, creio que no pátio da igreja - responde o outro padre.
- Não acredito! Olhe, tenho uma idéia: Para saber quem foi, na hora do sermão cite os 10 mandamentos. Quando chegar ao "Não roubarás", faça uma pausa e percorra os fiéis com o olhar. O culpado vai-se trair com certeza.
No domingo seguinte os padres cruzam-se, os dois de bicicleta.
- Ah! Então o sermão funcionou! - diz o padre que deu a idéia.
- Mais ou menos - responde o outro padre - É que quando eu cheguei ao "Não desejarás a mulher do próximo", lembrei-me onde tinha deixado a bicicleta...

quinta-feira, julho 19, 2007

Morangos...

Dois alentejanos encontram-se e diz um para o outro:
- Compadre, onde vai com esse carro de esterco?
Responde o outro:
- É para pôr nos morangos.
Diz o primeiro:
- Atão o compadre nunca experimentou com natas?

Humor Negro na Medicina

OBSTETRÍCIA
- Doutor, quando eu era solteira tive que abortar 6 vezes. Agora que casei, não consigo engravidar. Qual é a razão?
- É muito comum. O problema é que você não reproduz em cativeiro.

PSICO-PATOLOGIA
- Dr., tenho tendências suicidas. O que faço?
- Em primeiro lugar, e antes que seja tarde, pague a consulta.

CUIDADOS INTENSIVOS
A senhora chega ao hospital e pergunta:
- Doutor, sou a esposa do Zé que sofreu um acidente. Como está ele?
- Bem, da cintura para baixo ele não teve nem um arranhão.
- Que alegria! E da cintura para cima?
- Não sei, ainda não trouxeram essa parte.

CIRURGIA
Após a cirurgia:
- Doutor, sei que vocês médicos se vestem de branco. Mas porquê essa luz tão forte?
- Meu filho, eu sou o São Pedro.

ANÁLISES CLÍNICAS
- Doutor, o que eu tenho?
- Não sei, mas fique tranquilo. Na pior situação descobrimos na autópsia.

FARMÁCIA
Na farmácia, o sujeito entra a correr:
- Rápido, dê-me um remédio para diarreia.
Uma hora depois, o farmacêutico verifica que errou e entregou um forte calmante. Passada uma hora, o paciente volta. O farmacêutico pergunta:
- Como se sente?
- Todo borrado, mas calminho, calminho...

domingo, julho 15, 2007

Bus Conversation

Que me desculpem os meus leitores que não dominam o inglês, mas esta é daquelas cuja tradução faria perder toda a graça...

A bus stops and two Italian men get on.
They sit down and engage in an animated conversation.
The lady sitting behind them ignores them at first, but her attention is galvanized when she hears one of the men say the following:

"Emma come first. Den I come. Den two asses come together. I come once-a-more. Two asses, they come together again. I come again and pee twice. Then I come one lasta time."

"You foul-mouthed sex obsessed swine," retorted the lady indignantly. "In this country we don't speak aloud in pubic places about our sex lives.........

"Hey, coola down lady," said the man. "Who talkin' abouta sexa? I'm a justa tellin' my frienda how to spella 'Mississippi'."

domingo, julho 08, 2007

O Golfe pode ser perigoso para a saúde!

Bolas, bolas, bolas!!!...
Visto no excelente Blog "Liquid Illuzion"

sexta-feira, julho 06, 2007

Sabor Original

Se já se fazem gelados com sabor a sardinhas e bacalhau, porque não este?

Leiam a notícia completa em "Häagen-Dazs Introduces Ass-Flavored Ice Cream"

quarta-feira, julho 04, 2007

Sexo Mágico

Um "pintas" chega ao pé de uma moça e diz:
- Queres fazer sexo mágico?
Ela, admirada, pergunta:
- Sexo mágico? Como é isso?
- É simples! - diz ele - Fazemos sexo, e depois tu desapareces!

Pensamentos VI

Em vez do Príncipe Encantado, procura o Lobo Mau.
Ouve-te melhor, vê-te melhor, e ainda te come...

sábado, junho 30, 2007

A carta do divórcio

O Marido chega a casa e encontra uma carta da mulher que diz o seguinte:

Querido,

Estou a escrever esta carta para dizer que te vou deixar para sempre.
Fui uma boa mulher para ti durante sete anos e não tenho nada a provar. As duas semanas passadas foram um inferno. O teu chefe chamou-me para dizer que te tinhas demitido e isto foi a última gota.
Na semana passada, chegaste a casa e não notaste que eu tinha um novo penteado e tinha ido à manicura.
Cozinhei a tua refeição preferida e até usei uma nova lingerie. Chegaste a casa, comeste em dois minutos e foste dormir depois de ver o jogo.
Não me dizes mais que me amas, nem nunca mais fizemos sexo. Ou me estás a enganar ou já não me amas mais. Seja qual for o caso, vou-te deixar.


P.S - Se me quiseres encontrar, desiste. O teu IRMÃO e eu vamos viajar para as Bahamas e casar!

A tua Ex-mulher"

O marido escreve-lhe então uma carta que diz o seguinte:

Querida Ex-mulher.

Nada me fez mais feliz do que ler a tua carta.
É verdade que estivemos casados durante sete anos, mas dizeres que foste uma boa mulher é exagerar.

Vejo futebol para tentar não te ouvir a resmungar a toda a hora. Assim não valia a pena.
Realmente reparei que tinhas um novo penteado na semana passada, mas a primeira coisa que me veio à cabeça foi "Pareces um homem!". A minha mãe sempre me disse para não dizer nada que não fosse bonito, por isso calei-me.
Quando cozinhaste a minha refeição preferida, deves ter confundido com a do MEU IRMÃO, porque deixei de comer porco há sete anos.
Fui dormir porque reparei que a lingerie ainda tinha a etiqueta do preço. Rezei que fosse uma coincidência o meu irmão ter-me pedido emprestado 50 EUR e a lingerie ter custado 49.99 EUR.
Depois de tudo disto, eu ainda te amava e senti que podíamos resolver os nossos problemas.
Assim, quando descobri que eu tinha ganho o Euromilhões, deixei o meu emprego e comprei dois bilhetes de avião para a Jamaica. Mas quando cheguei a casa já tinhas ido.
Tudo acontece por alguma razão. Espero que tenhas a vida que sempre sonhaste. O meu advogado disse-me que devido à carta que escreveste, não vais ter direito a nada, portanto, cuida-te.

P.S. - Não sei se eu alguma vez te disse isto mas o Carlos, o meu irmão, nasceu Carla. Espero que isto não seja um problema.

Assinado:

Milionário e Solteiro

sexta-feira, junho 22, 2007

Jovens Lusos surpreendem o mundo da F1

O anúncio surgiu de surpresa no dia de ontem quando a equipa da Ferrari fez saber à comunicação social que pretendia contratar um grupo de jovens do Bairro da Cova da Moura. A decisão surgiu depois dos responsáveis da equipa terem assistido a um documentário na RTP África em que se mostrava que um grupo de jovens do Bairro era capaz de remover 4 pneus em menos de 6 segundos usando ferramentas básicas, ao contrário da actual equipa de mecânicos da Ferrari que apenas consegue fazer 8 segundos contando com milhões de euros de equipamento de ponta. Esta decisão audaz pode tornar-se um dos momentos decisivos do campeonato, já que actualmente muitas das corridas são ganhas nas boxes, e pode tornar-se numa vantagem em relação às outras equipas.

No entanto a equipa de F1 acabou por ter algumas surpresas. No primeiro treino a nova equipa de mecânicos não só foi capaz de mudar os pneus em 6 segundos como também repintaram o carro, mudaram o número de série e venderam-no à Mclaren por 8 grades de cerveja, um saco de ganzas e algumas fotos da mulher do Raikonen no chuveiro.

quinta-feira, junho 14, 2007

Sinal do Outro Mundo

Sem comentários...

Distracções...

Mulher: Se eu morresse casavas outra vez?
Marido: Claro que não!
Mulher: Não? Não por quê? Não gostas de estar casado?
Marido: Claro que gosto.
Mulher: Então porque é que não casavas de novo?
Marido: 'Tá bem, casava...
Mulher (com um olhar magoado): Casavas?
Marido: Então?...
Mulher: E dormirias com ela na nossa cama?
Marido: Onde é que tu querias que nós dormíssemos?
Mulher: E substituirias as minhas fotografias por fotografias dela?
Marido: É natural que sim...
Mulher: E ela ia usar o meu carro?
Marido: Não. Ela não tem carta...
Mulher: (silêncio)
Marido: Merda....

sábado, junho 09, 2007

O Alentejano e a Testemunha de Jeová

Uma testemunha de Jeová senta-se junto a um alentejano no vôo Beja-Funchal.
Quando o avião descola começam a servir as bebidas aos passageiros. O alentejano pede um tinto de Borba. A hospedeira pergunta à Testemunha de Jeová se quer beber alguma coisa. Responde a testemunha de Jeová com ar ofendido:
- "Prefiro ser raptado e violado selvaticamente por uma dezena de putas da Babilónia antes que uma gota de álcool toque os meus lábios".
O alentejano devolve o copo de tinto à hospedeira e diz:
- "Eu também. Não sabia que se podia escolher"

quinta-feira, junho 07, 2007

O Manjar do Marquês

Há muitas Luas, quando comecei a ter necessidade de viajar para o Norte do país, a N1 era via quase obrigatória, assim como o era parar n'O Manjar do Marquês em Pombal para almoçar ou jantar.
Com a conclusão da A1, tudo o que beira a N1 ficou fora de mão.
Passados quase 20 anos, uma ida a Pombal foi o pretexto para voltar a esse belíssimo restaurante. A sala e o balcão com vista para a enorme cozinha não mudaram, assim como a comida, saborosíssima.
E para quem está com pressa, as refeições ao balcão são a opção certa.
Uma reconfortante sopa de legumes, seguida de pastéis de bacalhau e croquetes, acompanhados por migas de couve com broa, e finalizados com uma deliciosa mousse de chocolate, fizeram-me prometer a mim mesmo que, da próxima vez que fizer a A1 a horas de refeições, em vez de ir a uma área de serviço comer comida de plástico paga a peso de ouro, vale bem mais a pena dar uma saídinha em Pombal e fazer o gosto ao garfo, e a preços decentes. Fica na N1 ao Km 151.

A verdade das crianças

Não há comentários.

Escutem com muita atenção, e lembrem-se que cada um de nós pode sempre ajudar a não tornar as coisas ainda piores.

Se não conseguires visualizar, vai a
http://www.youtube.com/watch?v=5g8cmWZOX8Q

No tribunal da aldeia...

Num tribunal de uma aldeia, o advogado de acusação chamou a sua primeira testemunha, uma velhinha de idade avançada e avó.
Aproximou-se da testemunha e perguntou-lhe:
- Srª Ermelinda, a senhora conhece-me?
A velhota respondeu:
- Claro que te conheço. Conheço-te desde pequenino e, francamente, desiludiste-me. Mentes descaradamente, enganas a tua mulher, manipulas as pessoas e falas mal delas pelas costas. Julgas que és uma grande personalidade quando nem sequer tens inteligência suficiente nem para ser varredor. Claro que te conheço.
O advogado ficou branco, sem saber que fazer. Depois de pensar um pouco, apontou para o outro extremo da sala e perguntou:
- Srª Ermelinda, conhece o defensor oficioso?
Responde a velhinha:
- Claro que sim. Também o conheço desde a infância. É frouxo, tem problemas com a bebida, não consegue ter uma relação normal com ninguém e na qualidade de advogado é um dos piores que já vi. Não esqueço também de mencionar que engana a mulher com três mulheres diferentes, uma das quais, curiosamente, é a tua mulher. Sim, conheço-o. Claro que sim.
O defensor ficou em estado de choque. O juíz, então, pediu a ambos os advogados que se aproximassem do estrado e em surdina disse-lhes:
- Se a algum dos dois ocorrer perguntar à puta da velha se me conhece, juro-vos que vão todos presos!

terça-feira, junho 05, 2007

Hoje apetece-me... António Aleixo!

Há já alguns dias que ando para colocar aqui uma quadra de António Aleixo que sempre achei espectacular. Talvez inspirado pelo jantar, aqui vai:

Vós que lá do vosso império
prometeis um mundo novo,
calai-vos, que pode o povo
qu'rer um mundo novo a sério.

Não resisto a publicar mais umas quadras, compiladas em "Este livro que Vos deixo". Fiquem com o António, e se tiverem oportunidade, não deixem de conhecer a obra do Poeta!

Sei que pareço um ladrão...
Mas há muitos que eu conheço
Que, sem parecer o que são,
São aquilo que eu pareço.

Para não fazeres ofensas
e teres dias felizes,
não digas tudo o que pensas,
mas pensa tudo o que dizes.

Entre leigos ou letrados,
fala só de vez em quando,
que nós, às vezes, calados,
dizemos mais que falando.

Após um dia tristonho
de mágoas e agonias
vem outro alegre e risonho:
são assim todos os dias


Sei que umas quadras são conselhos
que vos dou de boa fé;
outras são finos espelhos
onde o leitor vê quem é.

Porto e Poesia

Janto tranquilamente num pequeno restaurante onde gosto de ir quando estou no Porto.
Subitamente, dou-me conta das vozes que efluem da sala no piso superior. Reparo, em vez do bruáá típico dos lugares públicos, numa voz masculina, cadenciada, aconchegante. As palavras chegam, distantes e claras, aos meus ouvidos.
Escuto com os sentidos divididos entre o que adivinho e a excelente refeição que me trouxe aqui.
Depois, aplausos. Novamente outra voz se faz ouvir, desta vez com o sotaque mais pronunciado, mas igualmente clara. Já não tenho dúvidas. Sou pendura numa sessão de poesia!
E a sessão prolonga-se pelo jantar e noite fora. As palavras embalam-me, relegando o Mário Crespo no seu quadradinho mágico para uma dimensão distante que rápidamente se evapora, temperando o meu repasto e suavizando a minha solidão.
Não sei quem fala, quem vai falar, quem são os convivas. Nem se quer lhes vi as caras. Para mim, são só vozes.
Sei simplesmente que no encanto do Porto, jantar e poesia combinam.

quarta-feira, maio 30, 2007

O Cheque

A filha faz 18 anos e o pai está todo feliz por emitir o último cheque da pensão que paga à ex-mulher, há já 17 anos. Pede à filha que volte para contar como foi a cara da mãe ao dizer-lhe que é o último cheque dele que ela verá.
A filha entrega o cheque à mãe e volta a casa do pai para lhe dar a resposta.
- Diz, filha, qual foi a reacção dela?
- Ela mandou dizer que não és o meu pai.