Quem não ouviu falar já de Bocage?
Manuel Maria de Barbosa l´Hedois Du Bocage, nascido em Setúbal (1765-1805) e sobejamente conhecido, mais pelas anedotas e dichotes do que pela poesia “séria”, é também autor dum vasto número de poemas eróticos bastante ousados.
Aqui fica uma dessas pérolas, com ”bolinha” no canto superior direito do monitor:
A ÁGUA
Meus senhores eu sou a água
Que lava a cara, que lava os olhos
Que lava a rata e os entrefolhos
Que lava a nabiça e os agriões
Que lava a piça e os colhões
Que lava as damas e o que está vago
Pois lava as mamas e por onde cago.
Meus senhores aqui está a água
Que rega a salsa e o rabanete
Que lava a língua a quem faz minete
Que lava o chibo mesmo da rasca
Tira o cheiro a bacalhau da lasca
Que bebe o homem que bebe o cão
Que lava a cona e o berbigão
Meus senhores aqui está a água
Que lava os olhos e os grelinhos
Que lava a cona e os paninhos
Que lava o sangue das grandes lutas
Que lava sérias e lava putas
Apaga o lume e o borralho
E que lava as guelras ao caralho
Meus senhores aqui está a água
Que rega as rosas e os manjericos
Que lava o bidé, lava penicos
Tira mau cheiro das algibeiras
Dá de beber às fressureiras
Lava a tromba a qualquer fantoche e
Lava a boca depois de um broche.
Manuel Maria de Barbosa l´Hedois Du Bocage, nascido em Setúbal (1765-1805) e sobejamente conhecido, mais pelas anedotas e dichotes do que pela poesia “séria”, é também autor dum vasto número de poemas eróticos bastante ousados.
Aqui fica uma dessas pérolas, com ”bolinha” no canto superior direito do monitor:
A ÁGUA
Meus senhores eu sou a água
Que lava a cara, que lava os olhos
Que lava a rata e os entrefolhos
Que lava a nabiça e os agriões
Que lava a piça e os colhões
Que lava as damas e o que está vago
Pois lava as mamas e por onde cago.
Meus senhores aqui está a água
Que rega a salsa e o rabanete
Que lava a língua a quem faz minete
Que lava o chibo mesmo da rasca
Tira o cheiro a bacalhau da lasca
Que bebe o homem que bebe o cão
Que lava a cona e o berbigão
Meus senhores aqui está a água
Que lava os olhos e os grelinhos
Que lava a cona e os paninhos
Que lava o sangue das grandes lutas
Que lava sérias e lava putas
Apaga o lume e o borralho
E que lava as guelras ao caralho
Meus senhores aqui está a água
Que rega as rosas e os manjericos
Que lava o bidé, lava penicos
Tira mau cheiro das algibeiras
Dá de beber às fressureiras
Lava a tromba a qualquer fantoche e
Lava a boca depois de um broche.