sábado, junho 30, 2007

A carta do divórcio

O Marido chega a casa e encontra uma carta da mulher que diz o seguinte:

Querido,

Estou a escrever esta carta para dizer que te vou deixar para sempre.
Fui uma boa mulher para ti durante sete anos e não tenho nada a provar. As duas semanas passadas foram um inferno. O teu chefe chamou-me para dizer que te tinhas demitido e isto foi a última gota.
Na semana passada, chegaste a casa e não notaste que eu tinha um novo penteado e tinha ido à manicura.
Cozinhei a tua refeição preferida e até usei uma nova lingerie. Chegaste a casa, comeste em dois minutos e foste dormir depois de ver o jogo.
Não me dizes mais que me amas, nem nunca mais fizemos sexo. Ou me estás a enganar ou já não me amas mais. Seja qual for o caso, vou-te deixar.


P.S - Se me quiseres encontrar, desiste. O teu IRMÃO e eu vamos viajar para as Bahamas e casar!

A tua Ex-mulher"

O marido escreve-lhe então uma carta que diz o seguinte:

Querida Ex-mulher.

Nada me fez mais feliz do que ler a tua carta.
É verdade que estivemos casados durante sete anos, mas dizeres que foste uma boa mulher é exagerar.

Vejo futebol para tentar não te ouvir a resmungar a toda a hora. Assim não valia a pena.
Realmente reparei que tinhas um novo penteado na semana passada, mas a primeira coisa que me veio à cabeça foi "Pareces um homem!". A minha mãe sempre me disse para não dizer nada que não fosse bonito, por isso calei-me.
Quando cozinhaste a minha refeição preferida, deves ter confundido com a do MEU IRMÃO, porque deixei de comer porco há sete anos.
Fui dormir porque reparei que a lingerie ainda tinha a etiqueta do preço. Rezei que fosse uma coincidência o meu irmão ter-me pedido emprestado 50 EUR e a lingerie ter custado 49.99 EUR.
Depois de tudo disto, eu ainda te amava e senti que podíamos resolver os nossos problemas.
Assim, quando descobri que eu tinha ganho o Euromilhões, deixei o meu emprego e comprei dois bilhetes de avião para a Jamaica. Mas quando cheguei a casa já tinhas ido.
Tudo acontece por alguma razão. Espero que tenhas a vida que sempre sonhaste. O meu advogado disse-me que devido à carta que escreveste, não vais ter direito a nada, portanto, cuida-te.

P.S. - Não sei se eu alguma vez te disse isto mas o Carlos, o meu irmão, nasceu Carla. Espero que isto não seja um problema.

Assinado:

Milionário e Solteiro

sexta-feira, junho 22, 2007

Jovens Lusos surpreendem o mundo da F1

O anúncio surgiu de surpresa no dia de ontem quando a equipa da Ferrari fez saber à comunicação social que pretendia contratar um grupo de jovens do Bairro da Cova da Moura. A decisão surgiu depois dos responsáveis da equipa terem assistido a um documentário na RTP África em que se mostrava que um grupo de jovens do Bairro era capaz de remover 4 pneus em menos de 6 segundos usando ferramentas básicas, ao contrário da actual equipa de mecânicos da Ferrari que apenas consegue fazer 8 segundos contando com milhões de euros de equipamento de ponta. Esta decisão audaz pode tornar-se um dos momentos decisivos do campeonato, já que actualmente muitas das corridas são ganhas nas boxes, e pode tornar-se numa vantagem em relação às outras equipas.

No entanto a equipa de F1 acabou por ter algumas surpresas. No primeiro treino a nova equipa de mecânicos não só foi capaz de mudar os pneus em 6 segundos como também repintaram o carro, mudaram o número de série e venderam-no à Mclaren por 8 grades de cerveja, um saco de ganzas e algumas fotos da mulher do Raikonen no chuveiro.

quinta-feira, junho 14, 2007

Sinal do Outro Mundo

Sem comentários...

Distracções...

Mulher: Se eu morresse casavas outra vez?
Marido: Claro que não!
Mulher: Não? Não por quê? Não gostas de estar casado?
Marido: Claro que gosto.
Mulher: Então porque é que não casavas de novo?
Marido: 'Tá bem, casava...
Mulher (com um olhar magoado): Casavas?
Marido: Então?...
Mulher: E dormirias com ela na nossa cama?
Marido: Onde é que tu querias que nós dormíssemos?
Mulher: E substituirias as minhas fotografias por fotografias dela?
Marido: É natural que sim...
Mulher: E ela ia usar o meu carro?
Marido: Não. Ela não tem carta...
Mulher: (silêncio)
Marido: Merda....

sábado, junho 09, 2007

O Alentejano e a Testemunha de Jeová

Uma testemunha de Jeová senta-se junto a um alentejano no vôo Beja-Funchal.
Quando o avião descola começam a servir as bebidas aos passageiros. O alentejano pede um tinto de Borba. A hospedeira pergunta à Testemunha de Jeová se quer beber alguma coisa. Responde a testemunha de Jeová com ar ofendido:
- "Prefiro ser raptado e violado selvaticamente por uma dezena de putas da Babilónia antes que uma gota de álcool toque os meus lábios".
O alentejano devolve o copo de tinto à hospedeira e diz:
- "Eu também. Não sabia que se podia escolher"

quinta-feira, junho 07, 2007

O Manjar do Marquês

Há muitas Luas, quando comecei a ter necessidade de viajar para o Norte do país, a N1 era via quase obrigatória, assim como o era parar n'O Manjar do Marquês em Pombal para almoçar ou jantar.
Com a conclusão da A1, tudo o que beira a N1 ficou fora de mão.
Passados quase 20 anos, uma ida a Pombal foi o pretexto para voltar a esse belíssimo restaurante. A sala e o balcão com vista para a enorme cozinha não mudaram, assim como a comida, saborosíssima.
E para quem está com pressa, as refeições ao balcão são a opção certa.
Uma reconfortante sopa de legumes, seguida de pastéis de bacalhau e croquetes, acompanhados por migas de couve com broa, e finalizados com uma deliciosa mousse de chocolate, fizeram-me prometer a mim mesmo que, da próxima vez que fizer a A1 a horas de refeições, em vez de ir a uma área de serviço comer comida de plástico paga a peso de ouro, vale bem mais a pena dar uma saídinha em Pombal e fazer o gosto ao garfo, e a preços decentes. Fica na N1 ao Km 151.

A verdade das crianças

Não há comentários.

Escutem com muita atenção, e lembrem-se que cada um de nós pode sempre ajudar a não tornar as coisas ainda piores.

Se não conseguires visualizar, vai a
http://www.youtube.com/watch?v=5g8cmWZOX8Q

No tribunal da aldeia...

Num tribunal de uma aldeia, o advogado de acusação chamou a sua primeira testemunha, uma velhinha de idade avançada e avó.
Aproximou-se da testemunha e perguntou-lhe:
- Srª Ermelinda, a senhora conhece-me?
A velhota respondeu:
- Claro que te conheço. Conheço-te desde pequenino e, francamente, desiludiste-me. Mentes descaradamente, enganas a tua mulher, manipulas as pessoas e falas mal delas pelas costas. Julgas que és uma grande personalidade quando nem sequer tens inteligência suficiente nem para ser varredor. Claro que te conheço.
O advogado ficou branco, sem saber que fazer. Depois de pensar um pouco, apontou para o outro extremo da sala e perguntou:
- Srª Ermelinda, conhece o defensor oficioso?
Responde a velhinha:
- Claro que sim. Também o conheço desde a infância. É frouxo, tem problemas com a bebida, não consegue ter uma relação normal com ninguém e na qualidade de advogado é um dos piores que já vi. Não esqueço também de mencionar que engana a mulher com três mulheres diferentes, uma das quais, curiosamente, é a tua mulher. Sim, conheço-o. Claro que sim.
O defensor ficou em estado de choque. O juíz, então, pediu a ambos os advogados que se aproximassem do estrado e em surdina disse-lhes:
- Se a algum dos dois ocorrer perguntar à puta da velha se me conhece, juro-vos que vão todos presos!

terça-feira, junho 05, 2007

Hoje apetece-me... António Aleixo!

Há já alguns dias que ando para colocar aqui uma quadra de António Aleixo que sempre achei espectacular. Talvez inspirado pelo jantar, aqui vai:

Vós que lá do vosso império
prometeis um mundo novo,
calai-vos, que pode o povo
qu'rer um mundo novo a sério.

Não resisto a publicar mais umas quadras, compiladas em "Este livro que Vos deixo". Fiquem com o António, e se tiverem oportunidade, não deixem de conhecer a obra do Poeta!

Sei que pareço um ladrão...
Mas há muitos que eu conheço
Que, sem parecer o que são,
São aquilo que eu pareço.

Para não fazeres ofensas
e teres dias felizes,
não digas tudo o que pensas,
mas pensa tudo o que dizes.

Entre leigos ou letrados,
fala só de vez em quando,
que nós, às vezes, calados,
dizemos mais que falando.

Após um dia tristonho
de mágoas e agonias
vem outro alegre e risonho:
são assim todos os dias


Sei que umas quadras são conselhos
que vos dou de boa fé;
outras são finos espelhos
onde o leitor vê quem é.

Porto e Poesia

Janto tranquilamente num pequeno restaurante onde gosto de ir quando estou no Porto.
Subitamente, dou-me conta das vozes que efluem da sala no piso superior. Reparo, em vez do bruáá típico dos lugares públicos, numa voz masculina, cadenciada, aconchegante. As palavras chegam, distantes e claras, aos meus ouvidos.
Escuto com os sentidos divididos entre o que adivinho e a excelente refeição que me trouxe aqui.
Depois, aplausos. Novamente outra voz se faz ouvir, desta vez com o sotaque mais pronunciado, mas igualmente clara. Já não tenho dúvidas. Sou pendura numa sessão de poesia!
E a sessão prolonga-se pelo jantar e noite fora. As palavras embalam-me, relegando o Mário Crespo no seu quadradinho mágico para uma dimensão distante que rápidamente se evapora, temperando o meu repasto e suavizando a minha solidão.
Não sei quem fala, quem vai falar, quem são os convivas. Nem se quer lhes vi as caras. Para mim, são só vozes.
Sei simplesmente que no encanto do Porto, jantar e poesia combinam.